quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Primeiro Post: vencendo a inércia e o porquê de um título esdrúxulo...

O primeiro post deve vencer a inércia. E para vencer a inércia, há um esforço inicial. Vencê-lo faz com que iniciemos o movimento. Iniciado o movimento, sua manutenção requer um menor esforço, o que é bom. Todavia, ao cessarmos o movimento, teremos que vencer uma nova inércia.
Uns conseguem se manter em movimento em vários aspectos de sua vida. Seja profissional ou pessoalmente, há pessoas que conseguem manter o mesmo nível de empolgação na execução de uma tarefa, de atividades prazeirosas, como um hobby ou mesmo uma atividade física. Certamente pessoas admiráveis que merecem nosso respeito.
Por outro lado, temos pessoas que cuidam de certos aspectos de sua vida em detrimento de outros. De certa forma, confesso que me enquadro nesse grupo. Mas estou travando uma luta para procurar mudar o presente quadro. Dedicando-me mais à leitura (apesar de ter começado uns três livros sem ainda terminá-los, mas vira e mexe não os deixo pegando poeira mais, conseguindo ter o prazer de lê-los), voltando a praticar atividades físicas e desafiando-me a escrever estas singelas linhas.
Realmente tive que vencer uma inércia bastante importante. Primeiro por ter ficado muito tempo escrevendo textos mais técnicos no exerício de minha profissão. Não que não seja algo que eu goste, mas obviamente a liberdade de um texto feito sem o rigor e o formalismo que o mundo corporativo exige dá um prazer diferente. Aqui tenho o controle total, aqui tenho o descontrole completo. Consigo vencer a inércia e dar vazão ao "post" no "blog". Lembro que no final dos anos oitenta e começo dos noventa, período no qual estudava com mais afinco a Última Flor do Lácio, tinha uma maior facilidade para escrever. Recebia elogios de mestres e colegas. Eram textos simples, as famigeradas redações escolares, porém era um tempo onde não imaginávamos que escreveríamos algo como "vou postar isso no meu blog". Não imaginávamos que um dia a velocidade da informação seria tamanha que um "post" atravessa o globo e é visto por milhões de pessoas "online". Não utilizava tanta palavra de origem inglesa também. Não atachava nada em lugar nenhum. Aliás, se dissesse que iria atachar algo certamente me perguntariam o porquê da agressividade. Atachar parece algo muito ruim. Vou atachar o arquivo... Parece que vou aniquilá-lo, destruí-lo, espancá-lo... Um termo estranho e inexistente na época em que vencer a inércia para escrever não demorava quase vinte anos.
Mas aqui está. Pronto, foi-se a força inicial e venci a inércia. Já está o movimento. Que seja duradouro. Mas qual está sendo minha surpresa com a desenvoltura que já não tenho mais... Fogem-me palavras, complicam-se as construções gramaticais, chegam as dúvidas. Quero procurar no Google, quero procurar o Aurélio, quero checar o Guia Online de Redação, ou algo que o valha. Mas freio meu ímpeto e me permito seguir sem revisões. Coragem? Falta de juízo? Não, nada disso. Apenas vontade de seguir o movimento, de não deixar que ocorram interrupções. Deixar a mente livre para que as ideias venham, para que a roda gire, para que o rio siga seu fluxo, deixar que venham imagens, sensações, lembranças. Como é bom. Como é bom lembrar que quando escrevia as tais redações, quando buscava ler textos de grandes cronistas brasileiros. A crônica é algo que me encanta, seja ela política, seja ela sobre o cotidiano. Na verdade, sinto maior atração pelas últimas. Como nunca procurei no Google textos dos meus cronistas prediletos? É... Nunca é tarde para vencer a inércia...

Esse primeiro "post" fugiu completamente de seu objetivo inicial, que era apenas apresentar meu "blog". Ok, a partir de agora não colocarei mais aspas em termos que já estamos carecas de saber (no meu caso literalmente...). O nome do blog foi inspirado em um título de um álbum da banda sueca de black metal Dark Funeral (Teach Children to Workship Satan). Na verdade não sou um fã de Dark Funeral, mas esse título me chamou a atenção. Pessoalmente não era algo que eu ensinaria a uma criança. Mas pensei que seria divertido apresentar a uma criança o rock 'n roll, ou mesmo suas vertentes mais "extremas", como o Death Metal. Ao contrário de que muitos pensam, é um estilo no qual temos músicos excelentes, criativos, gente que não se prende a convenções, não se furtam de tentar coisas novas, de desafiar o mainstream. Não faz de ninguém melhor ou pior, mais agressivo ou mais ameno. Pelo menos para mim é apenas música, a arte pela arte. Música que desafia o convencional e ocupa os espaços.
Claro que pretendo escrever sobre música, mas não necessariamente apenas sobre Death Metal, pois como músico amador, sei que muito estilo de música tem gente bastante competente por trás. Desde que a música me diga algo, traga emoções, desperte meu interesse irei ouví-la.
No próximo blog devo começar a ensinar crianças a ouvir Death Metal e escrever algo sobre música. Hasta pronto!

Um comentário:

  1. parabéns pro cara que venceu a inércia, histórias assim me motivam, sabia? beijos e continue a vencendo!

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